terça-feira, 24 de setembro de 2013

brasileiro é contra agrotóxicos e a favor de pequeno produtor, diz pesquisa

Do UOL,    em   São Paulo   
Para 79% dos brasileiros entrevistados numa pesquisa, hoje a produção agrícola é conduzida de forma irresponsável. O estudo foi apresentado pela Syngenta, multinacional da área de químicos e plantas geneticamente modificadas.
A pesquisa, que ouviu 500 brasileiros, teve como foco um público com ensino superior, alta renda e bom acompanhamento da mídia, e foi realizada no Brasil e em mais 12 países.
De acordo com o estudo, 24% dos brasileiros apoiam o uso de tecnologias como pesticidas, fertilizantes e transgênicos.
Os defensivos agrícolas ou agrotóxicos são vistos com desconfiança por 83% dos entrevistados no Brasil, que acham que eles deveriam ser menos utilizados. De todos os países pesquisados, apenas a França tem uma taxa maior, de 88%.
O uso de transgênicos é mais polêmico; no Brasil, 43% acham que eles deveriam ser menos utilizados, enquanto 38% acham que seu uso deveria aumentar.
Apesar da rejeição a esses produtos, 78% dos entrevistados no Brasil afirmaram ser favoráveis ao uso de tecnologias para "ir ao encontro da crescente demanda por alimentos mundialmente", informou a pesquisa da Syngenta.

Entrevistados apostam em grandes produtores para alimentar a população

A maior parte dos entrevistados, 84%, acredita que deve ser dada prioridade às práticas agrícolas locais e orgânicas. Em tese, elas usam menos agrotóxicos, mais mão de obra, propriedades menores e gastam menos combustível com transporte, já que estão mais perto dos consumidores.
Para 93% dos entrevistados, mais hortas comunitárias deveriam ser utilizadas, enquanto para 91%, deveria haver crescimento da agricultura orgânica. Ao mesmo tempo, mais mão de obra também deveria ser utilizada para 81% dos entrevistados. Nos três quesitos, o Brasil tem a maior taxa de todos os países pesquisados.
Apesar disso, 37% dos entrevistados apontaram os grandes agricultores como aqueles com o maior potencial para atender às "demandas de produção de uma população mundial crescente". Com isso, eles ficariam bem à frente dos pequenos produtores (16%), das hortas comunitárias (9%), dos produtores orgânicos (6%) e do cidadão individual (6%).
Em segundo lugar entre os mais aptos para "alimentar o mundo" estaria, segundo os brasileiros, o governo, apontado por 26% dos entrevistados. Para 71%, eles seriam os grandes responsáveis pela segurança alimentar do mundo, seguidos pelos produtores (10%) e pelas empresas (7%).

Brasileiros são contrários à derrubada de florestas para aumentar o plantio

A maior parte dos entrevistados, 77%, não está disposta a abrir novas áreas naturais para produzir mais alimentos. Ao invés disso, mais terras cultiváveis deveriam ser utilizadas, afirmaram 76%.
O Brasil foi um dos países onde mais os entrevistados demonstraram preocupação com o meio ambiente no mundo; 30% dos entrevistados nacionais elegeram a proteção do meio ambiente como a maior preocupação global. Um destaque parecido foi dado pela China (44%), Índia (37%) e Rússia (36%).
A maioria dos países pesquisados deu mais destaque para as mudanças climáticas. Essa foi a principal preocupação de 26% dos americanos, 23% dos argentinos e 30% dos alemães, por exemplo.

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